9 de janeiro de 2016

rua nova, rua crescente

as casas viraram escuridão

sem luzes, aparelhos e virtuais distrações
a energia se dissipava dos postes
e desabava nas crianças

elas (es)corriam às ruas
diversão quase cega, cavernosa
a cada passo dado contra o escuro
o esconde-esconde ficava fácil-fácil

os olhos traçavam as formas,
a imaginação se ocupava do resto
não havia minutos melhores pra se mirar os céus

quem saia de casa estrelava