Era uma vez, numa terra muito distante - que se afastava ainda mais, de acordo com quem a imaginasse -, pessoas que viviam sem contar as horas.
Lá não se criava egoísmo,
cultivava-se mesquinhes,
fabricavam-se salários
nem se plantavam hierarquias
A única privada que persistia era aquela que ocupa função central no banheiro: não havia posses como privilégios de um pequeno número de nobres de sangue azul
- descobrira-se que o sabor de tudo aquilo que se dividia,
além de afastar a fome,
sortia paladares ausentes até das melhores receitas do mundo.
O céu se tornara mais claro, e o escuro das noites mais profundo, como se as pessoas pudessem adentrá-los para escutar novos cantos, desrotinar beijos e regar poesias.
Lá não mais existia o verbo sobreviver,
as pessoas passarinhavam
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