13 de setembro de 2011

Cor do vento

Atravessamos
o paradoxo dos números
Concentração
de muita prata nas mãos de alguns
De pomposas
vidas de novelas
A quem rasteja
e respira a miséria

Enquanto o ponteiro dá suas voltas
os maravilhados só me perguntam

Se eu vejo discos voadores
se a cor do vento é borboleta
Se a aquarela do arco-íris
traz flores ao amanhecer

Tangenciamos
paradoxos inúmeros
Concentração
de muita terra sob alguns
De pomposas
vidas-cinderelas
A quem rasteja
e transpira a miséria

Enquanto o planeta dá suas voltas
os seres ilhados me declamam

Que a língua é um rio de sabores
cada segundo uma ampulheta
Derrama vários universos
que indefinem o meu ser