6 de outubro de 2013

Escrito sem-gaveta

Não quero escrever versos
que tenham serventia

que se guardem em gavetas
sob poeira e teias

poesia que seja povoada
por ácaros
tártaro
nem pelo abandono

quero-quero escritos sem serventia
                                nem servidão

que tomem emprestados
os dotes alados
de seres como borboletas

e possam ser lar
de ícaros
pássaros
e daquilo que não tem dono

2 comentários:

  1. Adorei, parabéns! Também tenho um blog se quiser da uma conferida, seelacontasse.blogspot.com.br

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    1. Oi, Rafa!

      Brigadão pela força! Guardei o endereço aqui, o lerei em breve.

      Beijos!

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