28 de novembro de 2013

Curvilínea

Nada que me sai dessa caneta azul é meu
as curvilinhas
                    que invadem esse papel
não me são próprias

o que hoje sou-estou
não é o que me apetece
mas esse tanto
                       castelo-de-areia onde os grãos são pessoas
com um pouco que penso ter escolha
                                                      minha-eu

nesta tinta que marca um pouco do que vi(vi)
estão diluídas multidões que cruzaram o meu estar aqui
alguns, rostos nítidos
                               outros, silhuetas fuscas
presentes todos nos traços
que minha mão sozinha pinta

2 comentários:

  1. Espero que nessa tinta, azul da sua caneta, esteja meu rosto, afinal, em algum momento nós nos cruzamos... será que se lembra? Você m passou seu blog na Fliporto, enquanto te apresentava meu livro.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Thiago!

      Que ótimo, cara! Claro que lembro de você (inclusive, aqueles versos que você leu por lá foram uma das grandes lembranças daquela viagem)

      Muito feliz por receber sua visita - lembro de quando rabisquei o endereço em um guardanapo, não achava que você fosse conseguir lê-lo ^^

      Até um próximo encontro (seja ele aleatório ou não),

      abraços fortes!

      Excluir